
domingo, novembro 04, 2007
Sonho acordada

quarta-feira, setembro 19, 2007
Sobrevivendo sem internet
Que ultraje!
Mas tudo bem, apenas quero deixar uma homenagem pras minhas lindas amiguinhas, lembrando do nosso último curso no Hotel Jandaia...Do que era mesmo o curso???
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
Bju suas loucas!!!
quinta-feira, junho 28, 2007
Cintilantes pensamentos

segunda-feira, abril 23, 2007
Versos resgatados da agenda

Tenho a estranha mania de escrever pra mim mesma. Mania boba. Mania. Mas vou deixar aqui, meus últimos versos, escritos na minha agenda 2007...
Depois que choro
Desmaio
Desfaço
Desfecho: desamarro
O peito!
Pois adormeci suavemente
Entre suspiros de paz.
Era teu corpo junto ao meu
Lembrando que é possível
Amar como se a vida
Nos apresentasse novamente:
"Muito prazer,
sou eu!"
são apenas palavras preguiçosas
esperando que o dia termine
num embalo da rede
e num afago pra sonhar
com a vida que vai recomeçar
no pôr-do-sol de um dia
que não se vai sem o olhar
de saudade de estar
no lar
no sofá
e na espera do próximo domingo...
O relógio já não existe
Tempo...
Para quê?
O relógio interno
É caprichoso...
O meu tempo é outro.
Meu tempo reluta
Ele pode voltar
Ele pode parar
Eu apenas
Contemplo
Meu tempo.
deve estar em branco.
A vida exige histórias
O cotidiano
Os sonhos
Tudo acontece a toda hora.
Eu reparo
Eu observo.
Que tenho deixado páginas em branco.
um certo dia
acordar sem mim
deixei-me
por tanto canto
que ando sem encanto
subir um degrau da vaidade
quem sabe...
Minha grande vaidade é sentir-me amada.
vida não é um poema
Não autorizo sê-lo
Eu apenas desejo viver
Com olhos de poeta
Aprender com mansidão de poeta
Sentir com a beleza de poeta
ter em punhos apenas flores
estancar todo sangue
Mas apresentar
a realidade
como possibilidade de paraíso
Eu consigo.
eu escuto os barulhos noturnos
no sábado ruidoso
Afobado, etílico
sensual
libido
É o ar que chega até a janela
É a correria dos carros
A pressa
Será que se sente?
Artificialmente...
Se mente
Ah! Que barulho!
Que mexe, me remexe na cama
Quero dormir...
Brilho
Ofusca
Brilho
Passageiro
Brilho
Acabo
Escuro
Brilho
Brilho
Outro dia
Brilho!
sábado, abril 21, 2007
Solar
Hoje eu pensei em minhas amizades...E que b0m, meu coração se aqueceu. E foi assim como um raio de sol a adentrar qualquer escuridão, todas as meninas que brilharam em meus olhos. O convívio diário, os bons dias e os abraços. Sinceros e desprovidos de qualquer incompletude. As personalidades tão diferentes. Mulheres tão diferentes. Histórias de tanto valor pra meu aprendizado constante. E assim fiquei um tempo lembrando de cada uma, da escola... boa parte está lá...E quando digo que meu local de trabalho é mágico, isso se deve em muito à elas. Nas horas incertas, nas mancadas, no perdão, no reconhecimento da falha, na falta, na ausência, na vida. Sem pessoas em nossa vida, nos fechamos no restrito universo de nós mesmo. Tão limitado. E perde-se a chance de saber que existe tanta luz. Que existe alguém que naquele dia em particular só queria ouvir um boa tarde, queria um sorriso, queria um abraço, um obrigada... simples, terno, preciso, necessário. Vou sorrir mais um pouco, lembrando das " Chapolins mais lindas" e das grandes mulheres de grandes desafios!quinta-feira, abril 19, 2007
Racionalizar o incompreensível

Imagine um dia normal em sua vida. Mas, um bom dia. Com sol bonito lá fora, criança fazendo festa, amor brilhando nos olhos, satisfação em fazer coisas que ama, e que principalmente acredita. As amigas com tanta conversa e risada, que a hora passa depressinha.O chefe está feliz com você. O porteiro te dá um sorriso e você sai por aí sem nada de aborrecimento. Então...vem lá de dentro um nó bem no meio do peito. E aumenta.Aumenta. Paraliza. E vem o choro. Vem uma onda de tristezas...pra quê? Por que??Estou aprendendo a pensar no meio da crise. De ver lá bem no fundinho do coração, razões tão concretas de uma existência feliz. E ainda vem o abraço, o imenso amor que me envolve e me refaz. Uma mão que não me desempara. Nunca. E vai passando...cessando...sem grandes explicações...
sábado, abril 14, 2007
A solidão é fera, a solidão devora...

É...um dia de cada vez. Um comprimido pra cada horário certo. Caso o contrário...aperto no peito.
quinta-feira, abril 12, 2007
Triste fim do gato larápio
Era um gato manso. Andava roubando comida em cima das mesas, fogões e cestos de lixo. Não pedia licença. Não fazia alarde. Aos poucos foi conquistando a ira de toda a rua. Tentavam escaldá-lo, assustá-lo com os cachorros. Mas em resposta, apenas seu ratro de sujeira e indignação por o bicho não temer represárias. Eis que dois moleques, bem sádicos, resolvem armar uma emboscada. Nada atraía mais seu paladar que um bom pedaço de carne, de preferência um bifinho, mal passado. Um fica atrás da porta, para fechá-la logo após a investida do gatuno. O outro, com o líquido inflamável e o fósforo. Um jogo mortal. Inocente e despreocupado pelo o que ainda o aguardara, o bichano entra no jogo. E é pego de surpresa. Seu pêlo encharcado recebe o golpe fatal da combustão. A chama viva foge pela porta e busca desesperadamente a rua. Nesse instante, as crianças param a corda de pular e a bola, vendo aquela cena insólita e inesperada. Na sala, estavam o pai, a mãe e seus filhos, os donos do pobre gato. E numa cena macabra, o gato aparece, como que se despedindo de sua família humana, carbonizado em plena varanda. Num grito de horror, sua dona brada aos vizinhos socorro. Em seguida, clama por justiça. Quem haveria de forjar um fim tão cruel para seu bichinho?A rua, em polvorosa pára diante do acontecido, pasmos com a conturbada histeria da mulher. Aos poucos, notava-se um sorriso de canto de boca de alguns observadores. Mas nada se comparava com as gargalhadas sinistras vindas de certa janela...
segunda-feira, abril 09, 2007
Esqueci de dizer...é outono!
Dentro do carro, Tom me diz: " Repare, as árvores, é outono! "domingo, abril 08, 2007
Palavra

imagine um sentimento água.
um sentimento árvore.
uma agonia vidro.
uma emoção céu.
uma espera pedra.
um amor manga.
um colorido vento sul.
um jeito casa
de ser.
uma forma líquida de pensar.
uma vida paredes.
uma existência mar.
uma solidão cordilheira.
uma alegria pássaro em chuva fina.
uma perda corpo.
Viviane Mosé
Abra sua janela
tem muito mais
A música
O poema por ver...
Ver a beleza
Escondida
Atrás das paredes
Entrelinhas constantes
Visão restrita
Dos que sentem
dos que se permitem sentir
A pulsação
A vida
Em cada paisagem
pela singela
janela.
Chocolate, chocolate!

" Existe Coelho da Páscoa?"
" O que você acha?"
" Eu acho que sim..."
" Então tá.."
É enganar?
Não. É respeitar a fantasia, a imaginação infantil, que no seu tempo certo, vai concluir que é absurdo um coelho distribuir ovos de chocolate, assim como a Fada dos Dentes, o Papai Noel, tudo acaba um dia. A ilusão se desfaz por si mesma. E eles estão alegres e hoje os vi repartindo os chocolates. Entre os primos e tias, a família...Tive orgulho, entenderam o mais precioso, a maneira eficiente que a doação nos traz alegria, no ato de ser menos egoísta. De se importar. Com outros.
Chocolate!!!!!
Recuperar a doçura. Resgatar as doces palavras. Expressar. Saber tocar corações amargurados.Sentir prazer indescritível com coisinhas tolas. Fechar os olhos ao morder um bombom, derretê-lo na boca e sentir que em breve instante, é apenas o que importa. Valorizar momentos. Valorizar a presença das pessoas. Amar cada reencontro. Sorrir com as histórias que podemos recordar juntos. Enfim, mesmo que pareça piegas demais, amar ainda é a única maneira de superar as falhas, de perdoar com sinceridade, de sentir que vale a pena. Tudo. A vida...
quinta-feira, abril 05, 2007
A escrita
Saudade! Do meu blog... Ah, tão adolescente! Que nada. São meus pensamentos soltos numa rede sem fim, num emaranhado de teias, uma renda tecida com cuidado, invisível, olhares que me fogem e que desconheço.Escrevo, escrevo... minha vida.
terça-feira, março 13, 2007
Distraída

Resista
Resista a toda maledicênciaA toda inveja, a toda ira
A toda tarde sombria, a toda mágoa contida
A tudo de negro no coração
A toda lembrança que fere
A cada lágrima que escorre
Na tristeza que se esvai.
Resista a toda preguiça
A toda tolice
A toda mentira
A falsidade
A crueldade
A solidão.
Num dia sem razão
Assim quase sem querer
Vai voltar a esperança
O riso
A vida...
A vida sempre será mais forte
Atropelando
Ensinando
Refazendo
Incrivelmente bela
Veloz
Imprecisa
Necessária
Nova.
Resista
Reviva
Viva!
segunda-feira, março 12, 2007
Na estrada
Final de semana diferente e muitíssimo especial! Com a família, fui para Dourados, comemorar um ano de idade do Arthur, filho da minha amiga Dani e do meu amigo Daniel. É tão bom ver como chegaram até aqui. Meus grandes amigos. Ainda lembro do dia em que o Daniel chegou com a Dani no Strike, onde estávamos loucos pra conhecer a mulher que estava fazendo o Daniel ficar um moço mais ajuizado, digamos assim. Mas a Dani fez muito mais por ele, e ele por ela. Casaram. E nós sempre unidos. Três casais. Eu e o Tom. O Cláudio e a Valéria. Daniele e Daniel. Pessoas tão diferentes. Como sempre acontece. E no caminho, com aquela bucólica paisagem do centro-oeste, onde plantações de soja formam tapetes infinitos no horizonte e o gado nas pastagens, me fizeram pensar bastante na vida. E dessa vez foi bom pensar nela e nas pessoas que estão comigo, há tanto tempo. Das nossas divertidas histórias, das viagens pra praia, das baladas fortes na night, na emoção de ter os filhos, ( o exagerado do Cláudio e a Va tiverem três, um atrás do outro!!!), e como cada um está sempre presente, ajudando e tornando a palavra amizade algo tão forte e importante para trazer luz à nossa vida. E na estrada, ali bem sentadinha curtindo os minutos pra voltar pra casa, senti que sempre voltamos para um mesmo lugar. O lugar da segurança, da realidade e das coisas que nos são valiosas. Eu volto a cada dia para a vida real. Eu estive numa estrada, e me senti triste ao perceber o tão longe fui, até de mim mesma. E a volta é difícil, mas necessária. E cada vez mais próxima, percebo que volto, mas as coisas estão diferentes. Eu estou. Quem me espera está. E ainda por cima, há uma torcida para dar apoio, pra dizer palavras de solidariedade e de esperança. São meus amigos. Grandes amigos. E tudo se renova. E vem mais aventura, mais emoção, mais aprendizagem. Minha estrada parou de ser deserta. E escura. Agora, admiro, respiro, dou risada. E se chorei, se quis morrer, se achei que nada valia a pena, agora penso tão diferente. Eu olho pra trás, para ver o que me vale de verdade, o que me serve de bom, mas estou atenta a frente, aquilo que é preciso estar conquistando. No entanto, é onde estou, é onde está meu coração, a minha mente, que me concentro e me vejo, refazendo meus pedacinhos, reconstruindo meus sonhos, fazendo valer minhas vontades e dando a todos o melhor de mim. Ainda que este seja pouco, ainda que eu tenha minhas imperfeições. Quem me ama, está disposto a continuar ao meu lado. E tenho tanta gente. Mas a pior solidão, que é aquela acompanhada, essa não me pertence mais. Eu me sinto bem acompanhada e sei com quem posso sempre contar. E assim sigo, e assim é a festa de novas vidas, sempre com alegria, esperança de criança, sorriso e sinceridade constante. Eu na estrada... eterna criança.sexta-feira, março 09, 2007
As rosas preferidas

Num salão de beleza, local de pura tortura, as caras de dor valem a pena, só pra ganhar um olhar, um elogio. Mas tola mulher que usa desse expediente para chamar a atenção. Ajuda, mas pode não ser o suficiente. As rosas merecidas, são aquelas da admiração, da união de idéias e valores. São mais perfumadas, quando dadas em dias comuns, são mais belas ainda quando não se espera. Ser uma mulher, passar por toda TPM, toda depilação, todo trabalho de parto e ainda ver as bundas da tv dar ibope, me irritam, mas isso é outra história. Cada um sabe o que fazer com sua bunda!
Eu vou lá ver as flores que tenho em mim, pois elas desabrocham em minha mente. São meus pensamentos que florescem, a cada dia que vejo que a vida, sendo mulher ou homem, tem tanto a nos oferecer. Basta ter coragem e seguir com muito amor no coração.
quarta-feira, março 07, 2007
Ainda bem...

Ainda bem
Que você vive comigo
Porque se não
Como seria essa vida?
Sei lá, sei lá
Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto de amar, de amar
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não daria
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte
Ainda bem
Que você vive comigo
Porque se não
Como seria essa vida?
Sei lá, sei lá
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não daria
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte
Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.
Entre tantos outros
Entre tantos anos
Que sorte a nossa hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.
Vanessa da Mata.
terça-feira, março 06, 2007
Te vejo
Menti
Não rola
Vou pegar meus desejos
Fazer um pergaminho
Escrever em hebraico
Todos os caminhos
Que te levem ao meu bem querer
Não facilito
Resisto
Pra no fim te olhar de lado
Sorrir de um jeito maroto
Que era pra te enlouquecer
Que menti não te querer!
domingo, março 04, 2007
Niver da Taís
Neste sábado, nos encontramos, "só para mulheres", no Caramelo. Motivo mais que especial: Aniversário da Taís!Estavam as amigas, a família e as filhas. Todos para brindar a data e desejar para Taís tudo de melhor que a vida possa dar. Na foto, apenas o pessoal da escola. Pessoas que eu amo muito, que quero sempre presentes em minha vida. Entre elas a...
Taís!Sempre trazendo para mim o incentivo, a compreensão e a amizade. Se posso desejar para ela algo verdadeiramente importante, seria o amor. O eterno recomeço, o entendimento e superação. Não é fácil com certeza, lidar com os humores. Ainda mais quem tem uma alegria tão grande. Mas sei que tudo em nossa vida vem de encontro ao nosso aprendizado, e as pessoas estão sempre ao lado para também aprenderem conosco. Que cada dia as pessoas ao seu redor abram seus olhos, seu coração, e deixem que a alegria fale mais alto que qualquer incompatibilidade de gênio e humores. Amo você Taís!
sábado, março 03, 2007
Especiais!
Tenho a grande oportunidade de trabalhar em uma escola inclusiva. Há muitos anos, a equipe despertou para uma realidade latente. A inclusão no ensino regular de crianças com necessidades especiais. No começo, não havia nada, nenhum suporte, nenhum parâmetro... apenas boa vontade. E foi algo totalmente novo. A etapa de quebrar as barreiras do preconceito, bastante desgastante. Mas houve determinação. Houve esclarecimento e preparo. Estudamos, tivemos muitas dúvidas, sofremos, descabelamos quando deixávamos a ansiedade, a culpa ou a insegurança nos confundirem. Algumas vezes quisemos desistir. Uma sala, muitas adaptações e o firme propósito de fazer o impossível acontecer de maneira possível. Não é apenas o ganho social, não é apenas a aprendizagem. A inclusão rompe barreiras invisíveis aos nossos olhos. Ela possibilita lidar com as diferenças, com as limitações e acima de tudo com o amor incondicional pelo o que se faz. Aceitar, compreender e ter sensibilidade. Saber aquilo que fica escondido numa birra, numa recusa, numa agressão, num olhar perdido ou num choro. As crianças com necessidades especiais mais nos ensinam do que se pode imaginar. Nesse caminho, eu tive anjos, crianças que guardo em meu coração como flores de minha colheita. Colhi meu trabalho mais bonito e mais intenso em cada uma delas.quinta-feira, março 01, 2007
Eles se amam...

Bom, as brigas também fazem parte... Quem vai entrar primeiro no carro, quem vai apertar o botão do elevador, quem vai ficar sentado no sofá maior, quem vai tomar banho por último, quem vai terminar a tarefa da escola primeiro ( nessa a Isa está em grande desvantagem!), quem vai colocar a ração do Bisteca, quem o Bisteca vai correr mais atrás, enfim, é um brigueiro só. Muitas vezes me sinto uma Embaixadora da Paz, buscando diplomaticamente fazê-los ceder, compreender que precisam dividir e respeitarem-se mutuamente. Nada fácil, mas precioso. E há tantas risadas no intervalo... Mesmo quando o Pedro pertuba o pipoqueiro na frente da escola, ou quando a Isadora emburra, ( igualzinho a mãe), porque suas vontades não foram supridas. Filhos de ouro, presentes de Deus. Amores eternos!
Bom dia!

sábado, fevereiro 24, 2007
O que deixei...

Aquele que nos lançamos
Para descobrir o que há de novo
Deixamos um tanto de nós
Pele
Sangue
Perfume
Mas há de ter beleza
Quando descobre-se outros meios
De não ferir
Agredir
Arrancar
Deixo pra trás um tanto de mim
Pra refazer e tranformar
E cuidadosa
Continuar a descobrir
Amar sempre
Fechando cada ferida
Com a delicadeza dos sentidos
Com a verdade
Com tudo que ainda
A vida me presentear
E eu própria realmente conquistar.
Juliana
Inevitáveis transições
O primeiro livro que li de Lya Luft veio numa época bem conturbada da minha vida. Perdas & Ganhos tratava justamente de questões que me sufocavam assim que completei 30 anos. Aquela sensação que dá "o que estou fazendo da minha vida?" Uma lacuna que abre assim que a maturidade começa a surgir realmente em nossa vida. Ser mulher, mãe, profissional, filha, amiga. Tanta coisa a ser revista e questionada. Parecia ter aberto as portas do inferno naquele momento. Mas tão necessário, tão comum que só quem não presta atenção em si mesmo não é capaz de perceber que a cabeça e o corpo estão entrando numa outra fase. Se ela é boa ou não depende da concepção de cada um. O livro me ajudou e ao mesmo tempo mexeu bastante. Necessário, com certeza.No aeroporto de Congonhas avistei Em Outras Palavras, da mesma autora. A análise de suas crônicas me ajudaram a perceber que a vida possui nuances que estão sempre nos impulsionando ao eterno questionamento daquilo que somos, que pensamos ser e do que gostaríamos de ser. Embora sejam fragmentos da vida real, tais textos foram aproveitados para acalmar minha mente confusa com a realidade necessária.
No consultório da minha psicanalista, estava folheando uma revista Veja tardia, e encontro mais um narrativa de Lya que vem de encontro aquilo que sempre pondero, que reflito no meu cotidiano e que acontece aos montes pra tanta gente. É uma pena que nem todos possam ter o mesmo olhar para as coisas. Mas a diversidade está aí pra provar que as diferentes concepções e atitudes é que fazem do ser humano algo tão amplo, tão cheio de sentimentos que por vezes se ocultam, mas em algum momento latente, há de transbordar pra fora. E cada um sabe de suas questões mais íntimas, suas verdades ou ausencias. Quem se esconde, sofre. Quem se lança, arrisca-se, machuca-se mais talvez, sangre com mais gosto, mas a vida é verdadeira e sua sinceridade consigo próprio liberta. Eu tenho mostrado pra todos aquilo que sou, bem ou mal, agradável ou repulsiva, sou eu na mutação, na busca de refazer tudo que se rompeu. Reconstruir demanda tempo e capricho, atenção e amor próprio em doses bem altas. Quem sabe surja algo melhor em mim. Quem sabe, toda perda realmente nos traga aquilo que é necessário à nossa vida.
" ... Não queremos perder nada e, se pudéssemos, teríamos amarradas em nós todas as coisas positivas, os momentos felizes e as pessoas amadas- levando-as conosco feito um tesouro sufocante, pois o que é bom, quando agarrado com unhas e dentes, aprisiona.
Viver é perder, viver é ganhar, e quando escrevi um pequeno ensaio chamado Perdas & Ganhos, eu falava nisso. Alguém comentava que escrevo sempre sobre as mesmas coisas: pode até ser. Todo artista tem seus temas viscerais, dos quais não quer se livrar. Ao contrário, ele o repete, exorcisa e transfigura de muitos modos, não repetindo por pobreza, mas intensificando para melhor se expressar.
Porque é assim que se faz. Ou é assim que eu faço, e falo da vida. Quando falo da morte, também falo da vida. Quando falo de vida e morte, falo em relações amorosas- ou rancorosas. Quando escrevo sobre palavras ou linguagem, escrevo sobre silêncio e incomunicabilidade.
Esta é, aliás, uma das marcas do ser humano: não saber se comunicar.
Quanta dor, quanto mal-entendido, quanta calúnia, quanto abandono e incompreensão devidos a palavras e emoções mal expressas, mal ouvidas, mal sentidas, insuficientes ou excessivas. quanta perda, ou melhor: quanto desperdício.
Mas nem todas as perdas são vida jogada fora: algumas são necessárias. É preciso saber alternar as perdas com novos ganhos. Alguns deles, aliás, dependem da anterior perda. Somos contraditórios como tudo o mais.
Trabalho no momento em dois projetos, um ensaio sobre silêncio e incomunicabilidade e um livro de contos. Percebo, porém, nessa singular autonomia que a obra tem relação ao autor, que talvez ambos acabem fundindo num romance. Muitas vezes foi assim, muitas vezes será. om artista precisa de boa escuta: seguir o sopro do vento interior, que não é para elogios, críticas, vendagem ou fracasso, mas acontece num outro registro, que só ele percebe. É dele, ninguém mais tem acesso-nem deve ter.
Nesse novo trabalho ainda indefinido, ainda emergindo das águas profundas, escrevo sobre relacionamentos deteriorados, ou delicados amores. Sobre a nossa dificuldade em ser mais felizes, sobre a luta eterna entre pulsão de alegria e desejo de término e morte.
Por erro de momento e cálculo, podemos perder tempo e vida- mas podemos ter novos ganhos, se não formos nem tolos nem rígidos demais, se o vício da autoflagelação não superar o de realização. Podemos ter um amor bom porque perdemos o que estava distorcido e ruim. Podemos ter uma vida nova porque superamos a outra, que era tormentosa e falsa. Podemos ter novo projeto de trabalho porque o outro não satisfazia mais. Isso é que chamo de arrojo, audácia positiva, salvação.
Repito, muitas coisas é preciso perder. É preciso saber perder. A criança tem de perder de certa forma a mãe para a reconquistar em outra maneira, não mais a mãe todo-poderosa, sem a qual não sobrevivemos nos primeiros anos, mas a que estimula e concilia, que empurra para cima e para adiante, nos respeita no que somos e podemos fazer- e assim também nos perde um pouco, para nos ganhar melhor.
Quando adultos, temos de ratificar essa perda, tornando-nos mais autônomos, menos rebeldes porque mais tranqüilos. As naturais implicâncias entre pais e filhos, sobretudo mães e filhos, cedem lugar a uma nova camaradagem, mais alegria e apoio mútuos.
Só quem não quiser botar rédeas e algemas poderá- sabendo perder- ganhar parceiro ou parceira carinhosos e alegres, em lugar de relações que parecem câmaras de torturas óbvias ou, pior, sutis.
O que é esse perder?
É, de novo, olhar o outro, abrir-lhe os necessários espaços, permitir que o bom senso fale mais alto que o egoísmo.
E, se algum dia houver uma real separação, nada mais digno, mais respeitável, do que deixar o outro ir, preservando os momentos bons que houve, para que não se envenene o que um dia foi amor e compromisso mútuo.
Se não formos demasiados neuróticos, os mais belos momentos estarão em nós como fundamento de uma nova experiência.
O que não podemos perder de verdade é a capacidade de contemplar e curtir a beleza e os afetos, de manter a compostura, o orgulho e a esperança. Se os deuses nos ajudarem a tanto, porque às vezes isso é dura tarefa."
Lya Luft. Revista Veja.
13 de dezembro, 2006
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Sede

Era uma miragem na minha frente
Reparei da minha sede
Que absurdamente não me conteve
Lançar assim ao desconhecido
Arriscar num deserto
Sem saber onde ia dar
Mas veio a noite
E ela é gélida
Meu coração petrificou
Solidão
Tempestades
Rumo incerto
Medo
Atravessei boa parte
Sem saber pra onde ir
E restava apenas
Contar com minha sorte
De repente, não olho mais as lágrimas do caminho
Olho o horizonte
Lindo
Vou de encontro ao que perdi
Quando esqueci de me amar
E encontro o que ainda sou
Vou partir
Para onde a sede
É saciada
Relva, fresca
Abraço ao que vem de encontro
Não procuro
Me acham
Não fujo
Me vejo
Me amo.
Juliana.
Amor de índio

Amor de Índio
Filho dos Livres
Composição: (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)
Tudo o que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado, meu amor.
Enquanto a chama arder,
Todo dia te ver passar,
Tudo viver ao teu lado
Com o arco da promessa
No azul pintado pra durar.
No inverno te proteger,
No verão sair pra pescar,
No outono te conhecer,
Primavera poder gostar
No destino que se cumpriu
De sentir teu calor e ser todo,
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo.
Sim, todo amor é sagrado
É o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor.
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor
Lembra que o sono é sagrado
E se alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver.
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar,
No outono te conhecer,
Primavera poder gostar.
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir teu calor e ser tudo.
Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
No destino que se cumpriu
De sentir teu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo
Para ser o que for...
Pra viver...
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Um novo membro no clã
Senhoras e Senhores..este é o novo membro da família: o Bisteca!Ganhei o Bisteca ontem, da minha aluna Isabela. Fui buscá-lo embaixo de chuva, sem pensar muito, pois apartamento, cachorro e duas crianças... pura loucura!
sábado, fevereiro 17, 2007
Meu Carnaval
Teve um tempo que eu dizia com todas as letras que "Odiava o Carnaval!" Tudo porque sou péssima em sambar, não curto o ritmo e muito menos tenho vontade de ir "pular " por aí. Depois veio a onda das músicas axé, que tomou conta da festa. Pior ainda. Tenho a sensação que os cantores só faltam dizer nas músicas: "Deita! Rola! Dá a patinha! Finge de morto!" É despeito? Pode até ser... Mas que eu não pago o mico de ficar rebolando semi-nua por aí, isso eu não faço. E outra coisa que eu odeio ainda... a programação da televisão. Já fico esperando as mesmas notícias: " O mais tradicional bloco, O Galo da Madrugada..." Todo ano tem a mesma seqüência de notícias. No meio colocam o saldo de vítimas do trânsito ou as confusões costumeiras pelo excesso de álcool. Bom...mas estou bem de boas...Que chato ficar falando mal da felicidade alheia. Eu vou curtir muito meu feriado. Vou visitar quem eu sempre falo que vou e nunca arrumo tempo. Passear com as crianças. Soltar um sorriso toda vez que lembrar que tenho 5 dias pra não ter hora pra nada, só pra me divertir com minha família. Sair pra namorar, contando com o apoio logístico da cunhada do peito, e poder fazer o momento de alegria vir de dentro pra fora. Assim bem natural. Pois a vida começa ter novo brilho, depois de tanta obscuridade e sofrimento. Agora é fazer as coisas acontecerem para a alegria não depender nunca dos outros, das datas, de nada...apenas o Carnaval interno que meu coração vai ditar, um ritmo, uma nova melodia. E que esse Carnaval seja assim, festa do meu bloco, o bloco daqueles que sabem que tudo tem sua hora, mas nada impede que a alegria acompanhe e que tudo seja muito melhor! Vamos pra folia...
Duas semanas de aulas divididas pelo feriado do Carnaval. Sinceramente apenas depois que acaba a folia do Carnaval que podemos dizer que o ano começou, não tem jeito. Os parentes voltam para a casa, quem estava viajando volta pra cidade e assim todo mundo volta para a labuta diária, para seus afazeres e a vida normal. Essas duas semanas foram importantes demais. Conhecer os alunos, suas características e como cada um reage diante das situações de sala de aula,dos conteúdos. Dar aula para a própria filha será um grande desafio. Para nós duas. Até aqui, tem sido muito positivo. Estou muito animada com as possibilidades desse ano. Feliz de ter uma turma animada onde dedico e sinto-me muito disposta. E meu medo de não segurar minha onda devido as interpéries das minhas emoções passou longe de influenciar meu trabalho. Eu faço tudo com muito amor, costumo me entregar assim aquilo que amo. E o resultado, a felicidade e realização pessoal não tem preço. Realmente, sou uma pessoa de muita sorte e descubro a infinidade de coisas que ainda posso fazer e que no fundo não é apenas para o meu benefício próprio, sempre faz parte de algo que abrange tantas pessoinhas que estão sempre iluminando meu caminho com toda a doçura que as crianças podem ter em nossas vidas. Sinto que esse ano será sensacional para todos nós!
Ir comprar a fantasia, preparar, esperar o dia do bailinho da escola é um momento cercado de tanta ansiedade. Na escola, encontrar os amiguinhos todos com suas roupas coloridas e entrar no mundo imaginário dos heróis, fadas, princesas e personagens das histórias. Todos muito lindos, uma alegria indescritível. Isadora minha princesa estava assim, linda, alegre e animadíssima no baile. Dançando, jogando serpentinas e confetes para todos os lados. Juntos com todos os colegas a farra era tanta que não dava vontade de ir embora para casa. Todas as crianças da escola juntas, nenhum choro, nenhum tombo, nada que estragasse aquela folia de ser criança e de curtir um Carnaval como se deve ser, num alto astral, na amizade e na alegria de se divertir com a fantasia, com o brilho e o ritmo que inspira o requebrado. Sem os apelos eróticos, sem a malícia, apenas a alegria em sua pureza. Que belo exemplo das crianças. Os adultos precisam aprender tanto com vocês...quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Beija eu...

Beija Eu
Marisa Monte
Composição: Marisa Monte
Seja eu,
Seja eu,
Deixa que eu seja eu.
E aceita
O que seja seu.
Então deita e aceita eu.
Molha eu,
Seca eu,
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu.
Anoiteça e amanheça eu.
Beija eu,
Beija eu,
Beija eu, me beija.
Deixa
O que seja ser
Então beba e receba
Meu corpo no seu corpo,
Eu no meu corpo.
Deixa,
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...
Eu tive um sonho muito doido com a Marisa Monte. Tudo bem que eu amo de paixão as músicas dela... Mas sonhei que ela me vendia um carro. Mas não era um carro qualquer. Era seu Fusca 67 azul e rosa pink. E comprei pela bagatela de 1.500 reais! Tudo bem que estou cada dia mais metida dirigindo. Tudo bem que esses dias meu marido pediu pra eu parar o carro pra não bater na pilastra da garagem do prédio e eu segurei a pilastra com as mãos pra fora do carro. ( E eu dentro do carro e atrás do volante!), mas um Fusca!!!??? Putz, se eu comprar ou ganhar um Fusca não reclamo, o problema é que acho difícil achar um com air bag...
Mudando de assunto...
Se existe coisa mais gostosa de se fazer que beijar, esqueceram de me contar. Bom, existem coisas diferentes digamos assim. Mas um bom beijo pode fazer toda a diferença se estamos meio desanimadas ou de cabrum. Terapia do beijo pra todo mundo. E daqueles demorados e muito gostosos...Peraí, vamos beijar!
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Na Balada 2
O Pueblos, onde fomos ouvir uma musiquinha ao vivo, tem uma escultura do meu Tio Anôr, muito linda...fiquei orgulhosa, ela realmente é sensacional. Coisa de Mendes...Ah, pena que eu só tenha tomado suquinhos e Pepsi, sem Ice's...kkkkkk
terça-feira, fevereiro 13, 2007
Quando a alma encontra o corpo

Soul Meets Body
Death Cab For Cutie
Composição: Benjamin Gibbard
I want to live where soul meets body
(Eu quero viver onde a alma encontra o corpo)
And let the sun wrap its arms around me
(E deixar o sol envolver seus braços em volta de mim)
And bathe my skin in water cool and cleansing
(E banhar minha pele em uma água boa e limpa)
And feel, feel what it's like to be new
(E sentir, sentir como é estar novo)
Cause in my head there's a Greyhound station
(Porque na minha cabeça existe uma estação cinzenta)
Where I send my thoughts to far-off destinations
(De onde eu mando meus pensamentos para destinos longínquos)
So they may have a chance of finding a place where they're far more suited than here
(Então talvez eles tenham a chance de encontar um lugar onde eles fiquem melhor do que aqui)
And I cannot guess what we'll discover
(Eu não consigo adivinhar o que você descobriu)
When we turn the dirt with our palms cupped like shovels
(Entre a sujeira com nossas casas cortadas por
escavadeiras)
But I know our filthy hands can wash one another's
And not one speck will remain
(Mas eu sei que nossas mãos sujas podem se lavar e não vai sobrar nenhuma mancha)
And I do believe it's true that there are roads left in both of our shoes
(Eu acredito que é verdade que ainda há buracos nos nossos sapatos)
But if the silence takes you then I hope it takes me too
(Se o silêncio levar você , espero que ele me leve também)
So Brown Eyes I'll hold you near cause you're the only song I want to hear
(Então olhos castanhos eu te seguro perto de mim porque você é a única musica que eu quero ouvir)
A melody softly soaring through my atmosphere
(Uma suave melodia elevando-se através da minha
atmosfera)
Where soul meets body
(Onde a alma encontra o corpo)
As Terríveis Aventuras de...
Sempre adorei desenhos animados. Mas na infância me divertia com pouca coisa, e diga-se de passagem que "naquela época" os desenhos tinham a intenção de divertir crianças. Hoje, acompanhando os desenhos que meus filhos assistem, muitas vezes preciso vetar alguns. Por serem violentos ou por conteúdo duvidoso. Mas, entre esses há um que nem eu mesma resisto. Mesmo sabendo ser inadequado, tendo mensagens sarcáticas, pertubadoras para uma criança, eu não deixo de dar tantas gargalhadas ao assistir Billy e Mandy. Me identifico com o humor tão doce da Mandy, aquela carinha brava...tudo de bom. Mas confesso que tenho vontade de matar o Billy, por ele ser tão estúpido e nojento na maioria das vezes. Já o Puro Osso, o Ceifador Sinistro, é aquela história, brincar com a morte. Eu estive brincando, mas só um pouquinho e já não gostei muito. Melhor mesmo é sair e curtir a vida, andar de mãos dadas por aí, dar uns beijinhos e sorrir com tudo de bom que possa acontecer. E lógico, não perder As terríveis Aventuras de Billy & Mandy.domingo, fevereiro 11, 2007
Muito romântica

Sou Você
Mar sobre o céu cidade na luz
Mundo meu canção que compus
Mudou tudo agora é você
A minha voz que era da amplidão
O inverso da multidão
Hoje canta só por você
Minha mulher, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu
Da cidade
Lua no mar, estrelas no chão
Aos seus pés entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo nem morro em vão
Sou mais eu por que sou você
Minha mulher, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu
Da cidade
Lua no mar, estrelas no chão
Aos seus pés entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo nem morro em vão
Sou mais eu por que sou você...
Caetano Veloso
Os caminhos que desencontram...
As idéias divididas
Almas distanciadas pelo insano dia a dia...
Um dia, um momento
Tempo, repenso
Tento.
Tantas coisas foram vividas
Até que novamente se olhasse
Face a face
Realidade
Verdades
Que ferem, mas refazem
E assim reencontro
Pessoa...humano...homem
Traduzido numa mudança profunda
Num resgate constante
Numa perseverança por tudo que se acredita valer a pena
Pra continuar e trilhar
Histórias que não terminam
Reiniciam
Com emoções fortes, alma leve e o amor necessário
Pra vida
Valer sempre
Cada novo dia...
Juliana
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Hoje chorei

Quando acordei meu peito imóvel
Parava o tempo dentro de mim
Fui até a janela
Tudo na sua quietude na manhã chuvosa
Apenas uma sombra de meus sonhos
Quem dera assim apenas entre as lágrimas
Saber que tudo entra no seu devido lugar
A roda da vida
Viva
A impulsionar novos horizontes
Adeus meu luto particular
Andei pelas ruas pela tarde
Deixando vagar pensamentos hostis
Raiva, amargura deixadas pelas esquinas
Da cidade em constante movimento
E vem a noite esconder o meu olhar
Entro para dentro e retraio sorriso
Sorrir deve ter o seu momento
Quando amanhecer um novo dia.
E hoje chorei
Pra não bastar a mim mesma
Minha secura, meu desalento
Choro como a chuva
Que implacável cai todos os dias
De um verão sem luz
Arrastando em nossa casa
Limpando nossas obscuras paredes
Onde não estavam nossos retratos.
Quem sabe na próxima caminhada
Eu estarei olhando de canto de olho
Para cada dor deixada
Num canto da cama desarrumada
De tantas madrugadas
Onde a água salgada
Alimentou minha alma
E mais nada restou.
Crazy
O que há dentro de mim? Ou melhor... o que resta aqui dentro ainda? Vou pra terapia do meu dia a dia para descobrir e relembrar aquilo que ainda tenho. Aquilo que eu mesma não aniquilei nos meus infinitos pensamentos mórbidos e tardios. Assuntos escondidos, pensamentos retesados nas angústias que eu mesma criei para mim. Saberia ter força, se ao meu redor houvesse uma estrada mais linear, mas ela é caprichosa e sinuosa, declives que quase não me deixam ver o horizonte. E me abato, e me deixo desanimar. Não tenho voz para gritar ajuda, deixo apenas meu olhar perdido muitas vezes, para a resposta as perguntas costumeiras..." Você está bem?"Mas nada e nem ninguém é responsável por minhas quedas, sou eu mesma a me trair com meus pensamentos e sentimentos insensatos. Se por um lado faço esse papel ridículo, por outro tenho a clareza que ele não me sustenta. Tirarei o melhor proveito possível de tudo isso. Aprender a não confiar em si mesma por enquanto, pois minha mente, me traí a todo instante.
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
O prêmio vai para...
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Todas iguais

O que preciso em minha vida é realidade, pra saber onde estou indo e com quem. Quem é capaz de me entender nas minúcias dos meus sentidos.
Quem é capaz de me querer além das aparências, quem acorda de manhã e me vê descabelada e mesmo assim me deseja. Pra quem me vê chorar sentida, um tempo longo e não pergunta, não invade, apenas seca cada lágrima, uma por uma, e espera... Uma espera pela calma, pela volta, pela reconquista. Talvez eu nunca seja única, sou tão comum...mas pra quem está verdadeiramente ao meu lado, serei sincera em tudo o que eu sentir, em cada gesto que eu fizer, serei verdadeira. Mesmo sendo igual a todas.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
O Bem e o Mal
Eu guardo em mimdois corações
um que é do mar
um das paixões
um canto doce
um cheiro de tem...poral.
Eu guardo em mim
um deus, um louco, um santo
um bem e um mal.
Eu guardo em mim
tantas canções
de tanto mar
tantas manhãs
Um canto doce
o cheiro de um vendaval
guardo em mim
o deus, o louco, o santo
o bem, o mal...
( Danilo Caymmi )
domingo, fevereiro 04, 2007
Repouso
Quantas coisas a serem feitas... e eu dormindo. Quando durmo entro no meu mundo mágico de sonhos. Ao sonhar a alma vai livre percorrer outros lugares, vislumbra tudo que o inconsciente guarda em um segredo. Bom é sonhar, mas melhor ainda é viver. Na mente, ficam os pensamentos a nos pertubarem muitas vezes, quando ele torna-se repetitivo. Ou então quando temos a certeza que ele não é positivo, que traz tristeza ou melancolia e portanto não contribui em nada para a vida ser tranqüila. Dormi bastante, muito tempo. Quem sabe agora é hora de despertar? Amanhã começa um dia lindo, cheio de possibilidades e boas companhias. Amanhã é dia de sorrir para aquilo que faço com tanto amor, ensinar e aprender. Descobrir maneiras de atingir pequenos corações e acompanhar seus passos. Voltar a tudo que sei fazer com muita competência e dignidade. Estava tão longe de casa. E voltei. Estava tão longe das pessoas, e fui de encontro. Estava tão longe de mim, e estou de volta. Sair do mundo dos sonhos impossíveis e viver um sonho possível e real. Estar de volta a vida e ao que gosto, estimo, amo, acredito e luto, para fazer o meu melhor. Apenas aprender com os pesadelos, tirar lições, esquecer mágoas e frustrações. Tentar não ter sentimentos que amargam ou destroem a paz interior. Esta paz... ah, tão perto de mim, mas ainda na inconstância química que me vejo muitas vezes. Mas vai passar e então o sabor de tudo será bem diferente. Os sonhos ficaram mais coloridos e a vida muito mais prazerosa. Mais cinco minutinhos... vou acordar....



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