quinta-feira, março 01, 2007

Bom dia!


Quando escrevemos, deixamos tanto de nós. Eu gostava do papel, da escrita na fina folha. Gostava de ver minha letra ali, bonita e redonda. Sabia que a pressão no caderno era minha ansiedade. Onde vou escrevo até em meus pensamentos. Nas linhas da imaginação. Algumas coisas eu me desfaço, sendo desnecessárias ou que me causem desconsolo. Então achei um jeito novo de mostrar. Escrevo na tela. Aqui tenho minhas imagens. Aqui não controlo quem me vê. Qualquer pessoa pode ler e me ver. Nas entrelinhas do que escrevo, deixo tanto de mim. E não tenho medo de ser julgada, vista, ou quem sabe, criticada. Pois escolhi ser assim, um livro aberto. Algumas vezes, posso me ferir, outras posso me surpreender. Mas tudo que vivo, tudo que acredito, sempre me foge. As palavras são por vezes teimosas e querem sair de mim, sem pedir muita licença. Isso me faz bem, eu desobstruo as vias que sufocam meu coração. Então fico mais leve e mais feliz e isso acalma. Se deixo tristeza, é pra ser feliz mais tarde. Se deixo humor, é por querer compartilhar. Se deixo amor, é pra dar esperança que os sentimentos têm os seus momentos, mais inesperados. E se não consigo fazer um sol surgir no meu peito, é porque ainda não amanheci o suficiente pra contemplar um novo dia. Mas pra isso, preciso descanso. E adormeço pra depois me ver no meio dia, sorrindo e tendo a certeza que a vida sempre vai me trazer grandes momentos. Bom dia!

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