segunda-feira, março 12, 2007

Na estrada

Final de semana diferente e muitíssimo especial! Com a família, fui para Dourados, comemorar um ano de idade do Arthur, filho da minha amiga Dani e do meu amigo Daniel. É tão bom ver como chegaram até aqui. Meus grandes amigos. Ainda lembro do dia em que o Daniel chegou com a Dani no Strike, onde estávamos loucos pra conhecer a mulher que estava fazendo o Daniel ficar um moço mais ajuizado, digamos assim. Mas a Dani fez muito mais por ele, e ele por ela. Casaram. E nós sempre unidos. Três casais. Eu e o Tom. O Cláudio e a Valéria. Daniele e Daniel. Pessoas tão diferentes. Como sempre acontece. E no caminho, com aquela bucólica paisagem do centro-oeste, onde plantações de soja formam tapetes infinitos no horizonte e o gado nas pastagens, me fizeram pensar bastante na vida. E dessa vez foi bom pensar nela e nas pessoas que estão comigo, há tanto tempo. Das nossas divertidas histórias, das viagens pra praia, das baladas fortes na night, na emoção de ter os filhos, ( o exagerado do Cláudio e a Va tiverem três, um atrás do outro!!!), e como cada um está sempre presente, ajudando e tornando a palavra amizade algo tão forte e importante para trazer luz à nossa vida. E na estrada, ali bem sentadinha curtindo os minutos pra voltar pra casa, senti que sempre voltamos para um mesmo lugar. O lugar da segurança, da realidade e das coisas que nos são valiosas. Eu volto a cada dia para a vida real. Eu estive numa estrada, e me senti triste ao perceber o tão longe fui, até de mim mesma. E a volta é difícil, mas necessária. E cada vez mais próxima, percebo que volto, mas as coisas estão diferentes. Eu estou. Quem me espera está. E ainda por cima, há uma torcida para dar apoio, pra dizer palavras de solidariedade e de esperança. São meus amigos. Grandes amigos. E tudo se renova. E vem mais aventura, mais emoção, mais aprendizagem. Minha estrada parou de ser deserta. E escura. Agora, admiro, respiro, dou risada. E se chorei, se quis morrer, se achei que nada valia a pena, agora penso tão diferente. Eu olho pra trás, para ver o que me vale de verdade, o que me serve de bom, mas estou atenta a frente, aquilo que é preciso estar conquistando. No entanto, é onde estou, é onde está meu coração, a minha mente, que me concentro e me vejo, refazendo meus pedacinhos, reconstruindo meus sonhos, fazendo valer minhas vontades e dando a todos o melhor de mim. Ainda que este seja pouco, ainda que eu tenha minhas imperfeições. Quem me ama, está disposto a continuar ao meu lado. E tenho tanta gente. Mas a pior solidão, que é aquela acompanhada, essa não me pertence mais. Eu me sinto bem acompanhada e sei com quem posso sempre contar. E assim sigo, e assim é a festa de novas vidas, sempre com alegria, esperança de criança, sorriso e sinceridade constante. Eu na estrada... eterna criança.

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