sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Sede


Era uma miragem na minha frente
Reparei da minha sede
Que absurdamente não me conteve
Lançar assim ao desconhecido
Arriscar num deserto
Sem saber onde ia dar
Mas veio a noite
E ela é gélida
Meu coração petrificou
Solidão

Tempestades
Rumo incerto
Medo

Atravessei boa parte
Sem saber pra onde ir
E restava apenas
Contar com minha sorte

De repente, não olho mais as lágrimas do caminho
Olho o horizonte
Lindo
Vou de encontro ao que perdi
Quando esqueci de me amar
E encontro o que ainda sou
Vou partir
Para onde a sede
É saciada
Relva, fresca
Abraço ao que vem de encontro
Não procuro
Me acham
Não fujo
Me vejo
Me amo.
Juliana.

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